Esse trecho figura em muitas discussões teóricas sobre o gênero satírico, dado que é tido como uma das principais exposições metalinguísticas do programa poético de Juvenal. O alvo da sátira são os hipócritas, que aqui são agudamente descritos. Vv. 1-3 Mais além da Sarmácia e do Mar Glacial Quero fugir se coisas moralistas ousa Quem simula ser Cúrio e vive em bacanais. Vltra Sauromatas fugere hinc libet et glacialem Oceanum, quotiens aliquid de moribus audent qui Curios simulant et Bacchanalia uiuunt. O traço da indignação da persona satírica é apresentado no verso 1, antes mesmo de que se conheça o objeto desse afeto: é melhor fugir para os piores buracos que os romanos conhecem a tolerar os hipócritas. A conformação geográfica é um bom ponto de partida para a proposição da sátira, como se pode ver, em Juvenal, também na sátira 10. Deve-se explicar que por Oceanus (que traduzimos como mar , por economia), os romanos nomeavam a extens...
[Mas aonde] Foi comprado o perfume que exala do peito Peludo? Mostra sem pudor o dono da loja Pois se as leis e direitos se fraudam, o acusem Face a todos na lei Escantínia; investiga E observa os homens: muito é o que fazem, porém Os guarda o número e a falange com escudo, Entre os frouxos há grande acordo e não existe Exemplo algum em nosso sexo detestável. Média não lambe Clúvia, nem Flora a Catula: Jovens cavalgam Hipo e os dois males descoram. haec emis, hirsuto spirant opobalsama collo quae tibi? ne pudeat dominum monstrare tabernae, quod si vexantur leges ac iura, citari ante omnes debet Scantinia: respice primum et scrutare viros; faciunt nam plura, sed illos defendit numerus iunctaeque umbone phalanges, magna inter molles concordia, non erit ullum exemplum in nostro tam detestabile sexu. Media non lambit Cluviam nec Flora Catullam: Hippo subit iuvenes et morbo pallet utroque. Começa a reviravolta do discurso de Larônia. Se a moral está restituída, se a lei Júlia está novamen...
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